Copo de 3: Silverlake Sauvignon Blanc 2006

26 março 2009

Silverlake Sauvignon Blanc 2006

Após aquele instinto de cozinhar algo rápido para jantar, mas que ao mesmo tempo até se vai pensando com o que acompanhar dito prato, eis que dou por mim a vaguear no meio das garrafas para escolher um branco que se apresentasse com um mínimo aceitável de acidez, sem passagem por madeira e com perfil a recair mais nos ventos tropicais.
Encalhei num branco encalhado, pelo ano de colheita (2006) pensei eu que ''Já devias ter ido...'' mas dando o benefício da dúvida , como convém sempre dar, lá lhe saltou a tampa... modernices.
A bem dizer, até gosto da gulodice que alguns Sauvignon Blanc apresentam, mais os do novo mundo (este veio da Nova Zelândia) que se perdem em espampanantes aromas de espargos, xixi de gato e até mesmo aquela mousse irritante de manga madura que enjoa muita gente.
Este nem foi dos mais caros, custou cerca de 8€, o que é bom ao comparar com os exemplares Sauvignon Blanc made in Portugal que têm sempre mais de Blanc do que propriamente de Sauvignon.

Silverlake Sauvignon Blanc 2006
Castas: 100% Sauvignon Blanc - Estágio: n/d - 13% Vol.

Tonalidade amarelo limão com laivo esverdeado

Nariz de aroma a entrar no panorama claramente de frutos tropicais maduros e frescos, que deriva para mousse de manga naquela sua ligeira cremosidade, com fundo fresco de espargos verdes acabados de cortar. Tem uma ponta de mineralidade, tudo em conjunto arrumado, com mais exuberância que complexidade.

Boca com entrada fresca, a puxar novamente aos encantos da fruta, aqui já um pouco apagada, com o vegetal fresco (relva cortada) a manifestar-se de igual maneira. Está integro, com harmonia, e ainda mostra ares da sua graça.

Ora lá está, é isto que se espera de um branco acessível face ao preço, proveniente do novo mundo. Mostrando aquele toque de diferença, do que estamos acostumados, caindo depois na mediania entre iguais. Mostrou que deve ser bebido enquanto é novo e que o stock deve ser renovado ao fim de cada ano. É um daqueles casos que serve para mostrar aos amigos que se tem vinho de muito longe e que na Nova Zelândia até nem fazem mau vinho.
Por mim vale a pena ter um ou dois exemplares para acompanhar um prato de tendência mais oriental ou mesmo os devaneios mais condimentados.
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